O que é a Liquidez

Saiba o que significa a liquidez e comece e investir o seu dinheiro. Encontre diversos conselhos sobre este termo importante no mercado financeiro.

O que é liquidez

Na economia, negócios ou investimentos a liquidez é a capacidade de um ativo em ser convertido em dinheiro efetivo de forma rápida sem existir perdas no seu valor. Assim, é possível definir liquidez do mercado como a capacidade em vender um ativo sem que ele produza uma mudança significativa no seu preço.

Também pode ser definido como a facilidade de intercâmbio de um ativo por produtos ou serviços, sendo o dinheiro em efetivo do ativo de maior liquidez, já que pode ser utilizado de forma imediata para qualquer transação económica. Não obstante, existem casos em que o dinheiro não é o ativo mais líquido, por exemplo, em países com uma alta inflação ou hiperinflação, a população tem de deixar de utilizar a moeda em favor do uso de uma divisa estrangeiro.

Guia sobre Liquidez

Liquidez ou liquidação são dois termos intimamente relacionados já que a liquidação de uma ativo implica que haja liquidez no mercado do dito ativo, pelo contrário a liquidação irá realizar-se com uma maior perda de valor para ter uma maior liquidez.

A liquidez também faz referência à capacidade de uma empresa de cumprir as suas obrigações de pagamento em termos de capacidade para processar ativos líquidos suficientes e também refere-se à quantidade dos ditos ativos.

O que é um ativo líquido?

Um ativo líquido é aquele que cumpre com todas ou alguma das seguintes caraterísticas:

  • Pode ser vendido rapidamente
  • Pode ser vendido com perda de valor mínima
  • Pode ser vendido em qualquer momento dentro do horário do mercado

A caraterística essencial de um mercado líquido é que existem compradores e vendedores preparados e dispostos a realizar transações a qualquer momento. Outra definição de liquidez é a probabilidade de que a seguinte operação comercial seja executada a um preço igual ao preço da última transação. O slippage, deslizamento no preço, é mais frequente e amplo à medida que diminui a liquidez no mercado devido à falta de vendedores e/ou compradores dispostos a realizar operações a um determinado preço, pelo que o preço move-se segundo a oferta e procura, por exemplo, se existe mais procura que oferta então o preço irá aumentar até que se encontre vendedores dispostos a vender. Por isso, um mercado terá maior liquidez se existem compradores e vendedores disponíveis em grandes quantidades.

Um ativo apresentará falta de liquidez quando não seja possível vender devido a indefinições sobre o seu valor ou à falta de um mercado no qual seja regulado comercialmente. Os ativos hipotecários, considerados como um dos principais responsáveis pela crise financeira de 2008, são um exemplo de ativos com falta de liquidez, já que o seu valor não era facilmente determinável apesar de estar assegurado por bens imóveis, já que a borbulha imobiliário não refletia o valor real destes bens e, também, das suas hipotecas.

A liquidez de um produto pode ser medida com frequência que é comprado e vendido, isto é, com um volume de operações realizadas com este ativo. Pelo contrário, os investimentos em mercados com maior liquidez como o mercado Forex, a bolsa de valores ou o mercado de futuros, são considerados mais líquidos que os investimentos noutros mercados, como pode ser o mercado do imobiliário, cujos ativos são vendidos mais lentamente. Alguns ativos com mercado secundários são mais líquidos que ativos comparáveis, mas sem mercado secundário.

Os especuladores e os criadores do mercado (market makers) são os contribuidores chave para a liquidez de um mercado ou de um ativo. Ambos são empresas ou indivíduos que procuram obter um benefício e antecipar-se ao crescimento ou diminuição do preço do mercado de um ativo em particular. Ao fazer isto, eles fornecem capital ao mercado aumentando a liquidez do mesmo.